Em tempos de franca crise da democracia no Brasil, esta publicação é urgência e alento. Mariana Rosell analisa a dramaturgia de matriz comunista sob a ditadura militar, a partir das obras e dos debates culturais em que se construíram. Caminha pelas rel...
Sinopse
Em tempos de franca crise da democracia no Brasil, esta publicação é urgência e alento. Mariana Rosell analisa a dramaturgia de matriz comunista sob a ditadura militar, a partir das obras e dos debates culturais em que se construíram. Caminha pelas relações entre o engajamento clássico, dos anos 1950 e 1960, e a “dramaturgia de avaliação” dos 1970 – que ressignificou as derrotas dos anos de maior repressão, sob a forma de um novo “frentismo cultural”, em busca de restauração da democracia. Sua trilha permite compreender como o teatro reinventou práticas e projetos, redesenhando – em arte e política – horizontes de esperança para o arbítrio. Alento urgente.” (Miriam Hermeto)
Número de Páginas
396
Formato
14x21
Ano de Publicação
2020
Área
Artes
INTRODUÇÃO As artes e o regime militar
CAPÍTULO 1 A formação do teatro engajado brasileiro: entre a modernização e a politização da dramaturgia
1. O PCB entre o XX Congresso do PCUS e os primeiros anos do regime militar, 1956-1965
2. A formação de uma dramaturgia de matriz comunista: o Teatro de Arena de São Paulo, 1958-1965
3. A formação de uma dramaturgia de matriz comunista: o Centro Popular de Cultura, 1961-1964
CAPÍTULO 2 “Palavras são navalhas”: a recusa da primazia sensorial e a defesa da palavra como “centro do fenômeno dramático”
1. Três vertentes de resistência no teatro brasileiro: o debate nos palcos e nos programas de espetáculo
1.1 Aliança de classes em nome da democracia: o frentismo do grupo Opinião
1.2 Os exemplos da história: o Teatro de Arena em defesa da luta armada
1.3 “Morte do teatro”: a emergência do teatro de agressão e a implosão do público
2. O debate em circulação: o caderno especial da Revista Civilização Brasileira e outros escritos
3. A afirmação da palavra no teatro dos anos 1970
3.1 “Um espetáculo que tenha gente falando”: o texto dramático de Um grito parado no ar
3.2 O manifesto íntimo de Vianinha: Rasga coração em processo de recusa à agressão
3.3 Um manifesto para a realidade brasileira: o prefácio de Gota d’água
CAPÍTULO 3 “Só vim lhe pedir pra brigar direito”: a reconfiguração do frentismo e a concepção de camaradagem entre as vertentes de esquerda
1. A dramaturgia comunista nos anos 1970: o diagnóstico amargo e a ressignificação da experiência da derrota
2. O PCB nos anos 1970: reafirmação do frentismo como estratégia de luta
3. Os dramaturgos comunistas e suas leituras da realidade: aportes para a defesa do frentismo cultural e os debates da década de 1970
4. A reconfiguração do frentismo pela dramaturgia de avaliação: valorização de uma frente intraclasse
CAPÍTULO 4 A compreensão historicizada da forma teatral: o realismo crítico, os traços épicos e a prática da consciência política
1. O realismo crítico como estratégia de análise
1.1 As (crises de) consciências políticas de classe média: a intelectualidade e a militância
1.2 A heterogeneidade das consciências populares
2. Os traços épicos da dramaturgia de matriz comunista: teatro crítico em tempos de crise
3. O teatro e a ocasião: na trilha de um teatro possível
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS