“Ator sem consciência é bobo da corte”

“Ator sem consciência é bobo da corte”

O teatro engajado brasileiro nos anos 1960 e 1970

ISBN: 9786558400127 AUTOR: Mariana Rodrigues Rosell

Em tempos de franca crise da democracia no Brasil, esta publicação é urgência e alento. Mariana Rosell analisa a dramaturgia de matriz comunista sob a ditadura militar, a partir das obras e dos debates culturais em que se construíram. Caminha pelas rel...

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Sinopse

Em tempos de franca crise da democracia no Brasil, esta publicação é urgência e alento. Mariana Rosell analisa a dramaturgia de matriz comunista sob a ditadura militar, a partir das obras e dos debates culturais em que se construíram. Caminha pelas relações entre o engajamento clássico, dos anos 1950 e 1960, e a “dramaturgia de avaliação” dos 1970 – que ressignificou as derrotas dos anos de maior repressão, sob a forma de um novo “frentismo cultural”, em busca de restauração da democracia. Sua trilha permite compreender como o teatro reinventou práticas e projetos, redesenhando – em arte e política – horizontes de esperança para o arbítrio. Alento urgente.” (Miriam Hermeto)


Número de Páginas

396


Formato

14x21


Ano de Publicação

2020


Área

Artes


PREFÁCIO Sonhos teatrais de uma noite de inverno

INTRODUÇÃO As artes e o regime militar

CAPÍTULO 1 A formação do teatro engajado brasileiro: entre a modernização e a politização da dramaturgia

1. O PCB entre o XX Congresso do PCUS e os primeiros anos do regime militar, 1956-1965

2. A formação de uma dramaturgia de matriz comunista: o Teatro de Arena de São Paulo, 1958-1965

3. A formação de uma dramaturgia de matriz comunista: o Centro Popular de Cultura, 1961-1964

CAPÍTULO 2 “Palavras são navalhas”: a recusa da primazia sensorial e a defesa da palavra como “centro do fenômeno dramático”

1. Três vertentes de resistência no teatro brasileiro: o debate nos palcos e nos programas de espetáculo

1.1 Aliança de classes em nome da democracia: o frentismo do grupo Opinião

1.2 Os exemplos da história: o Teatro de Arena em defesa da luta armada

1.3 “Morte do teatro”: a emergência do teatro de agressão e a implosão do público

2. O debate em circulação: o caderno especial da Revista Civilização Brasileira e outros escritos

3. A afirmação da palavra no teatro dos anos 1970

3.1 “Um espetáculo que tenha gente falando”: o texto dramático de Um grito parado no ar

3.2 O manifesto íntimo de Vianinha: Rasga coração em processo de recusa à agressão

3.3 Um manifesto para a realidade brasileira: o prefácio de Gota d’água

CAPÍTULO 3 “Só vim lhe pedir pra brigar direito”: a reconfiguração do frentismo e a concepção de camaradagem entre as vertentes de esquerda

1. A dramaturgia comunista nos anos 1970: o diagnóstico amargo e a ressignificação da experiência da derrota

2. O PCB nos anos 1970: reafirmação do frentismo como estratégia de luta

3. Os dramaturgos comunistas e suas leituras da realidade: aportes para a defesa do frentismo cultural e os debates da década de 1970

4. A reconfiguração do frentismo pela dramaturgia de avaliação: valorização de uma frente intraclasse

CAPÍTULO 4 A compreensão historicizada da forma teatral: o realismo crítico, os traços épicos e a prática da consciência política

1. O realismo crítico como estratégia de análise

1.1 As (crises de) consciências políticas de classe média: a intelectualidade e a militância

1.2 A heterogeneidade das consciências populares

2. Os traços épicos da dramaturgia de matriz comunista: teatro crítico em tempos de crise

3. O teatro e a ocasião: na trilha de um teatro possível

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

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