Nesta obra, Simone Diniz percorre elementos de diversos momentos e lugares para analisar a assistência ao parto em uma perspectiva de gênero. Foi das leituras mais preciosas quando estava grávida, há 17 anos, e buscava entender as barreiras que me sepa...
Sinopse
Nesta obra, Simone Diniz percorre elementos de diversos momentos e lugares para analisar a assistência ao parto em uma perspectiva de gênero. Foi das leituras mais preciosas quando estava grávida, há 17 anos, e buscava entender as barreiras que me separavam de um parto normal. Como o Brasil se tornou campeão de cesarianas? Como isso se relaciona com a violência obstétrica? Na época, não se usava esse termo, mas a ideia do parto como sofrimento está entre nós há tanto tempo que sequer a questionamos. De maneira muito inspirada, e também inspiradora, a autora nos mostra como esse vaticínio foi construído ao longo da história, e como podemos superá-lo.
Número de Páginas
220
Formato
14x21cm
Ano de Publicação
2024
Área
Saúde, Fitness e Beleza
A LUTA FEMINISTA CONTRA AS DORES DO PARTO, OU NASCER DIFERENTEMENTE
Apresentação
ORIGENS DO ESTUDO E DA PUBLICAÇÃO, 25 ANOS DEPOIS
ASSISTÊNCIA AO PARTO E RELAÇÕES DE GÊNERO – INTRODUÇÃO À PUBLICAÇÃO EM LIVRO, 25 ANOS DEPOIS
Capítulo 1
ASPECTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA INVESTIGAÇÃO
1.1 Assistência ao parto: insatisfação social e questionamentos científicos
1.2 O caminho percorrido
1.3 Contribuições dos estudos de gênero e as reflexões sobre o trabalho em saúde
1.4 Material e óticas: possibilidades e limites
Capítulo 2
TÉCNICAS E RITUAIS DE PARTO ENTRE AS ANTIGAS
2.1 Fragmentos da técnica
2.2 A assistência ao parto entre as hindus
2.3 O culto de Ísis e a assistência ao parto
2.4 As meyaledeth: cenas do Gênesis e do Êxodo
2.5 Autoridade e resistência: a maiêutica das gregas
2.6 Os mitos de criação e o varão parturiente
2.7 A Opstetrix romana e os Deuses Genitais (Genitalis Dii)
2.8 A demonização da vida genital, da técnica e da assistência
Capítulo 3
“AS QUE MAIORES MALES NOS TRAZEM”
3.1 Um longo período de escuridão
3.2 As mulheres cultas na assistência ao parto
3.3 A misoginia e a assistência ao parto como ritual cristão
3.4 “As parteiras, que superam todas as outras mulheres em perversidade”
3.5 O pecado e o papel do batismo na assistência aos partos
3.6 Técnica, ritual e as razões da assistência ao parto
Capítulo 4
O PARTO MODERNO
4.1 Dos pecados da mulher aos vícios da pélvis
4.2 O parto como campo de batalha
Capítulo 5
O PARTO FISIOLOGICAMENTE PATOLÓGICO
5.1 A enfermaria vazia
5.2 A enfermaria silenciosa
5.3 O caso da Maternidade e os perigos do trajeto transpelvino
5.4 A técnica como expressão do pessimismo sexual e reprodutivo na obstetrícia médica
Capítulo 6
GÊNERO, PARTO E O OBJETO QUE FALA
6.1 O parto (e sua assistência) como construção social
6.2 Técnica e gênero
REFERÊNCIAS