Neste livro, são analisados documentos da Inquisição portuguesa sobre as experiências de mulheres acusadas de feitiçaria, que buscavam reconhecimento social através de suas crenças e práticas mágico-religiosas, misturando o sagrado e o profano, como fo...
Sinopse
Neste livro, são analisados documentos da Inquisição portuguesa sobre as experiências de mulheres acusadas de feitiçaria, que buscavam reconhecimento social através de suas crenças e práticas mágico-religiosas, misturando o sagrado e o profano, como forma de lidar com a misoginia da época.
Número de Páginas
464
Formato
16x23cm
Ano de Publicação
2025
Área
História
Apresentação
Prefácio
Introdução
Capítulo 1
Discursos de gênero no Império português: reflexões sobre o patriarcado e a misoginia
1.1 Tornar-se “homem” e “mulher” no contexto da literatura jurídica
1.1.1 A construção da masculinidade e da feminilidade no Império português
1.1.2 A feitiçaria no quadro da perseguição secular
1.2 Moralidades imaginadas a partir do discurso religioso católico
1.2.1 As mulheres como seres ambíguos: a reafirmação de Eva
1.2.2 Justiça episcopal e Inquisição frente ao crime de feitiçaria
Capítulo 2
A figura da feiticeira como performance e expressão de gênero
2.1 Évora e as mulheres processadas pela Inquisição sob o delito da feitiçaria
2.2 Perfis das processadas pelo delito da feitiçaria na Inquisição de Lisboa
2.2.1 Mulheres, judias e feiticeiras: Beatriz Borges, Clara de Oliveira e Simoa de São Nicolau
2.3 A Inquisição de Coimbra e os processos contra feiticeiras
Capítulo 3
O diabo e as mulheres feiticeiras: reconhecimento social e identidade
3.1 Construção de sociabilidades e protagonismos entre as mulheres que se relacionaram com o Diabo
3.1.1 O Diabo e as mulheres feiticeiras na Inquisição de Évora
3.1.2 O Santo Ofício de Lisboa e os processos de feitiçaria sob o pacto diabólico
3.1.3 Práticas de feitiçarias e o Diabo no Tribunal de Coimbra
Capítulo 4
O diabo nas entrelinhas: crenças e práticas
mágico-religiosas entre as feiticeiras
4.1 Gênero e práticas mágico-religiosas como subversão do sobrenatural: crenças, simbolismos e decodificação dos ritos
4.1.1 Ritos mágico-religiosos de cunho amoroso
4.1.2 Ritos mágico-religiosos de adivinhação
4.1.3 Decodificação das práticas amorosas e divinatórias
4.1.3.1 Os usos de animais nos ritos mágico-religiosos
4.1.3.2 Alimentos e plantas
4.1.3.3 Os astros
4.1.3.4 A subversão dos símbolos católicos
4.1.4 A base de todas as famas: ritos mágico-religiosos de invocação dos diabos
Capítulo 5
A ideia de feitiçaria e as feiticeiras para além do pacto diabólico
5.1 Espaços sociais, vivências e cotidianos das mulheres processadas
5.1.1 Cristãs-novas e feiticeiras: as trajetórias de Beatriz Borges e de Clara de Oliveira
5.1.2 O sexo subvertido: sacralidade católica e erotismos nos processos de Violante Carneiro Magalhães e Margarida Carneiro Magalhães
5.1.3 Gênero, interseccionalidade e intervenção nos destinos no processo de Felícia Tourinho
Capítulo 6
As crenças e práticas mágico-religiosas distantes dos traços demoníacos
6.1 Mulher, cristã-nova e feiticeira: práticas mágico-religiosas e a construção dos gêneros de Beatriz Borges e Clara de Oliveira
6.2 O catolicismo subvertido: os ritos mágico-religiosos de cunho amoroso em Violante Carneiro e Margarida Carneiro Magalhães
6.3 Autonomia e ritos mágico-religiosos de adivinhação na trajetória de Felícia Tourinho
Considerações finais
Fontes
Referências