“Economia da natureza”, concepção segundo a qual existe uma ordem na natureza, foi um dos conceitos estruturantes do domínio da História Natural no pensamento das Luzes. Este livro examina o uso desse conceito por autores ilustrados portugueses e luso-...
Sinopse
“Economia da natureza”, concepção segundo a qual existe uma ordem na natureza, foi um dos conceitos estruturantes do domínio da História Natural no pensamento das Luzes. Este livro examina o uso desse conceito por autores ilustrados portugueses e luso-americanos. O estudo da natureza foi pensado tanto para atender a finalidades religiosas (Teologia Natural) quanto para a busca do conhecimento das utilidades – sobretudo econômicas – que poderia oferecer ao homem. Na segunda metade do século XVIII, a História Natural foi concebida como saber estratégico pelo Estado português, que incentivou a pesquisa naturalística no sentido utilitário.
Número de Páginas
440
Formato
14x21cm
Ano de Publicação
2024
Área
História
Introdução
PARTE I – FILOSOFIA NATURAL E HISTÓRIA NATURAL
Capítulo 1 – Os Estatutos de 1772: História Natural, Teologia Natural e a institucionalização de um ensino pautado numa ideia de utilidade das ciências
1. Da ciência barroca à ciência ilustrada: religião e ciência no pombalismo
2. As diversas funções da História Natural nos Estatutos
3. O “Iluminismo radical”, a História Natural e a difusão pública na segunda metade do século XVIII
Capítulo 2 – A Teologia Natural do Padre Teodoro de Almeida
1. Teodoro de Almeida e a Congregação do Oratório no século XVIII
2. A divulgação das maravilhas de Deus: a Recreação Filosófica
3. Contra os materialistas: os animais e as plantas são a prova da existência de Deus
4. O regresso a Portugal: velhas questões, novas inquietações
Capítulo 3 – A Ordem Terceira de São Francisco de Lisboa: Manuel do Cenáculo, José Mayne e os usos religiosos e econômicos da História Natural
1. A reforma dos estudos franciscana na segunda metade do século XVIII: aproximação ao pombalismo
2. As coleções de história natural: para o “triunfo da religião”
3. Frei José Mayne: o curso de História Natural Teológica contra as “Novas Filosofias do Século”
4. A função da natureza no pensamento do Frei Manuel do Cenáculo: o combate à incredulidade e o trabalho dos homens
PARTE II – HISTÓRIA NATURAL E ECONOMIA POLÍTICA
Capítulo 4 – Domingos Vandelli: o papel estratégico da História Natural
1. Da cultura da curiosidade à cultura da utilidade
2. Vandelli e a fundação da Academia das Ciências de Lisboa
3. O Plano de Estatutos da Academia: intenções e realidades
4. Os naturalistas da Academia: um perfil
5. As memórias econômicas e a economia política
Capítulo 5 – Economia da Natureza
1. Conservação do Império e da Natureza
2. Alexandre Rodrigues Ferreira: da Teologia Natural dos vermes à modernização de pesca (Grão-Pará)
3. Manuel Galvão da Silva: conservar a saúde dos homens (Moçambique)
4. João da Silva Feijó: aperfeiçoar as raças do gado lanígero (Ceará)
5. Frei José Mariano da Conceição Veloso: conservar as matas (América portuguesa)
6. José Bonifácio de Andrada e Silva: redimir a “obra que a natureza formou em séculos” (Portugal, Império Luso-Brasileiro e Brasil)
Considerações finais
Fontes e bibliografia
1. Fontes
2. Bibliografia